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Talvez não seja só comigo...

Pensamentos do Mestre - Talvez não seja só comigo

Há um tipo de cansaço que não aparece nas fotos.

Um tipo de vazio que não cabe nos discursos de força que todo mundo finge dominar.


Há momentos em que o desejo some.

A imaginação cala.

A fantasia não responde.

E tudo que sobra é um silêncio pesado — um silêncio que ninguém admite sentir.


Durante muito tempo, acreditei que isso era só comigo.

Que essa exaustão era sinal de fraqueza.

Que perder o brilho, perder o impulso, perder a vontade… significava falhar enquanto o resto do mundo seguia firme, forte e impecável.


Mas descobri algo que ninguém conta:


Quando até o prazer some, não é identidade quebrada. É defesa. É exaustão. É sobrevivência.

Quando você passa tempo demais sendo criticado, ignorado, cobrado ou mal interpretado… algo dentro de você se arma.


Antes que a dor chegue, vem o medo.

Antes que o medo paralise, vem a raiva.

E antes que alguém encoste onde dói, surge o ar agressivo —

não como ataque, mas como escudo.


Foi assim que aprendi, na prática, algo que ninguém deveria aprender dessa forma:


mostrar vulnerabilidade para quem não sabe lidar com a própria é perigoso.


Algumas pessoas não acolhem.

Elas reagem com ironia, desprezo ou julgamento.

Transformam sua dor em munição emocional para se sentirem acima de você.


E então o corpo cria muralhas.

Não para afastar o mundo —mas para impedir que feridas antigas se abram de novo.


O que poucos entendem é que, por trás dessa parede, existe alguém exausto, tentando manter um mínimo de integridade emocional num ambiente que cobra autocontrole constante.


Se você lê isso e sente um eco dentro de si, saiba:


não é só você.

Não é só comigo.

Não é fraqueza.

É humanidade tentando não implodir.


O meio BDSM, os espaços alternativos, a vida criativa… todos exigem máscaras de força. Mas por trás delas existe gente lutando para não desabar sob expectativas irreais, cobranças familiares, críticas fáceis e comparações injustas.


Nós não estamos quebrados.

Estamos sobrecarregados.

E sobrecarga não define quem somos — define apenas o momento que estamos vivendo.


E para quem não souber ler este texto com respeito, deixo claro:


zombar da vulnerabilidade alheia não é coragem — é imaturidade.


Nada aqui é convite para conflito.

É apenas a afirmação de um limite:


sentimento não é brinquedo,

nem deveria ser tratado como tal.


Esta é minha conversa franca., a reflexão sincera de um Mestre.


Um espaço onde a verdade tem peso,

onde a dor tem nome,

e onde quem se reconhecer pode finalmente perceber que não está sozinho.


“Ser forte não é nunca sofrer. Ser forte é admitir o que dói sem deixar que isso te destrua.”

Reflexões do Mestre, Codex ToyMaker


Studio ToyMaker — mais que acessórios: Cultura, Desejo e Elegância.

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