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Lados Positivo e Negativo : Fantasias Animais


homem vestindo roupas de latex em formato de cachorro dalmata

Com esse artigo, pretendo criar uma nova abordagem dos temas aqui no Blog Studio ToyMaker. Ao invés de falar do tema e emitir a minha opinião, vou trazer dados técnicos de cada tema proposto e seus lados positivos / negativos. Não serão textos onde vou me aprofundar demais nos temas propostos, isso fica para outros posts dos quais tenho mais dados e vivencias. Enxergue esse tipo de artigo como um guia básico sobre um tema ao qual você mesmo irá chegar à sua conclusão. Caso se sinta confortável, convido à expor sua opinião no termino do artigo, na área de comentários.


O texto a seguir não é um tratado e nem um estudo científico. Caso você se sinta ofendido com alguma informação aqui contida, te convido a entrar em contato e tentar explicar melhor o seu ponto de vista, prometo que serei aberto para o novo.


Existem uma infinidade de fetiches e parafilias patológicas que envolvem de algum modo seres animais irracionais; e se torna uma bagunça desorganizada. Alguns de cunho social, outro de cunho sexual, mas todos envolvem um profundo aspecto psicológico. Lembrando que para ser BDSM e/ou um fetiche não patológico, é necessário haver a CONSENSUALIDADE, não somente entre as partes envolvidas, bem como para com as regras e leis de nossa sociedade. Essa introdução se faz necessária uma vez que estaremos analisando temas sensíveis. Desde já agradeço.




FURRIES


Furries

Os Furries são pessoas que nutrem interesse por animais antropomórfico. O antropomorfismo é a atribuição de características e/ou comportamentos humanos a uma divindade, animal ou objeto.


Furry é um fandom, como qualquer outro. Inclui qualquer pessoa que apreciam a arte de animais antropomórficos. Alguns furries podem se fantasiar ou participar de reuniões, assim como algumas pessoas podem ter pintado o rosto para um evento ou usado cosplay para uma convenção. É claro que há sobreposições — uma comunidade onde a auto expressão como animal é bem-vinda atrairá pessoas que se identificam como não humanas, mas a maioria dos furries se identifica como totalmente humana.


A comunidade Furrie é composta por individuos (masculinos, femininos, trans, de todas as opções sexuais) que criam uma Persona Furry, que é um avatar ou alter ego que alguém interpreta ou identifica ao interagir com outros membros da comunidade Furry


Furries não praticam zoofilia/ bestialidade (falaremos desse tema mais a frente). A maioria dos furries não liga a gratificação sexual como o seu principal motivador (International Anthropomorphic Research Project, 2016)


Furries Convention

Para entender melhor, você já deve ter visto Furries em convenções de Anime, Quadrinhos e até mesmo em Raves ou Shows. Geralmente essas Personas Furry, são como se fossem roupas de bichos de pelúcia gigantes e vestíveis, contendo máscaras animadas, pelos em alguns casos e/ou escamas, asas, acessórios e até ate roupas humanas. Lembra muito um Mascote de Animação de jogos esportivos que vemos em filmes americanos. No entanto tal qual os nossos apelidos e títulos honoríficos no BDSM, os Furries incorporam suas personas, com seus nomes ficticios e se trajam a caráter.


O foco da maioria da comunidade Furrie é libertar sua persona, sem necessidade de ter um cunho sexual, no entanto alguns tem sim esse intuito. Muitos furries relatam não se sentirem confortáveis ​​indo à terapia ou compartilhando com seu terapeuta que participam dessa comunidade por medo de julgamento e falta de compreensão e medo de serem estereotipados em uma categoria de pessoas que só participam sexualmente dessa identidade.


PONTO POSITIVO


A comunidade Furrie é muito socializada e se preocupa além de seus gostos pessoais com causas humanitárias. Já li relatos de grupos de Furries que fazem visitas em Hospitais Infantis ( como o programa Médicos da Alegria), com suas roupas de animais antropomórficos para alegrar ou mesmo arrecadar fundos para alguma causa social ou alguma pessoa que necessite de tratamento. Outro caso, seria de adoção de animais, porém a grande maioria exibe suas habilidades manuais na confecção das roupas em eventos ligados a Desenhos, Animes e Mundo Geek.





PONTO NEGATIVO


Infelizmente nem todas as pessoas no mundo tem boas intenções, isso acontece em todos os círculos sociais. Algumas pessoas da comunidade Furrie tem mais impulsos para o lado sexual do que para apenas o social.

Existem sim, Furryes que mostram um lado BDSM, por vezes não saudável, tendendo para o lado patológico e misturando fantasia com realidade. São pessoas que não buscam ajuda profissional e acabam por deixar outras patologias (como esquizofrenia por exemplo) escondidas atrás de uma fantasia de animal antropomórfico, como um Lobo ou uma Raposa.




Agora entramos em uma parte bem ruim que algumas pessoas de má índole usam a comunidade Furrie, que se trata de Pedofilia. Não preciso dizer que Pedofilia é crime em quase todos os países do planeta terra (infelizmente, pois deveria ser crime em todas as sociedades) , mais especificamente no Brasil segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente no artigo 241 e suas inúmeras cláusulas.


Infelizmente essas pessoas que usam dessas roupas de animais, se utilizam de suas aparente inocência para captar crianças para o ato nefasto e criminoso da pedofilia. Usam bastante a internet, fotos, vídeos (hoje em dia muita IA - inteligência Artificial), chats como o Discord e até mesmo em comunidades específicas de Furries, algumas monitoras para que esse crime não ocorra, bem como outras específicamente criadas por redes de pedófilos.

Como dito no início do artigo, cabe aqui a sua conclusão, guarde-a para você ou se expresse.






PET PLAY BDSM



O Pet Play se trata de uma forma de role-play dentro da pratica BDSM em que um dos múltiplos participantes adota o papel de animal doméstico, selvagem, de criação ou mítico. Dentro do BDSM, a regra de ouro é a consensualidade, portanto esse interpretar de um animal se trata de uma brincadeira sexual e erótica, com seus limites e acordos tratados previamente entre as partes , podendo haver após sua conclusão sexo com penetração ou não. Lembrando que apenas é BDSM tendo a Consensualidade entre ADULTOS, acima de 18 anos segundo a legislação brasileira, sendo assim maiores de idade legals.



O que alguém pode fazer como um pet:


  • Comer na posição de 4 patas

  • Descansar deitado no chão

  • Treinamentos

  • O animal de estimação pode exibir características tradicionalmente animalescas, como ampla comunicação não verbal com ruídos de animais, mordidas e carinhos.

  • Animais de estimação podem interagir entre si em convenções, eventos e festas.


Frequentemente associado à comunidade kink e à troca de poder. Pode haver matilhas associadas a animais de estimação, que podem ter uma hierarquia. Há muitos equipamentos ebrinquedos geralmente se enquadram em duas categorias:


  • equipamentos que ajudam você a canalizar essa identidade animal - rabos, orelhas, roupas, máscaras

  • equipamentos que você teria para brincar com um animal de estimação - coleiras, tigelas, brinquedos para animais de estimação.


PONTO POSITIVO



Na prática do jogo PET PLAY Kink você pode ser um animal de estimação em uma cena (brincar como um animal de estimação apenas em uma cena) ou um animal de estimação em um estilo de vida (brincar como um animal de estimação como uma identidade maior em seu próprio estilo de vida de forma particular.)


Alguns indivíduos se envolvem em brincadeiras de humanos e animais de estimação, uma forma de dramatização em que um indivíduo é tratado como um animal de estimação sem assumir características animais.


No Brasil e no mundo por exemplo vemos, quase majoritariamente na cultura Gay, grupos de pessoas que gostam de usar máscaras de cães/filhotes (puppys), se reunirem em "matilhas" que se apoiam como um tipo de família, onde existe muito amor, respeito e unidade. Pessoas do meio heterosexual também apreciam essa prática e podem criar seus grupos e matilhas.





PONTO NEGATIVO


Nem tudo no mundo é somente coisa boa, e o petplay bdsm não é exceção. Existem pessoas que levam a fantasia de pet ou animal a outros níveis não saudáveis, como confundir o jogo pontual com a realidade. Estou falando de pessoas que andam ajoelhados de 4 patas no meio da via pública, simulam (quando não o fazem) urinar e defecar na rua como um cão ou gato, esquecem que são humanos racionais e exigem serem levados em coleiras, comer ração e em casos extremos ir à petshops e veterinários.


Pode parecer loucura, mas voltamos à questão da Consensualidade entre as partes envolvidas. No caso de algo público, na rua mesmo, em um dia comum e não em um evento específico aonde se espera ver um jogo desses ou se está preparado para tal, é uma Falha de Consenso com as outras pessoas na rua que não partilham do seu kink.


Pode ser até mesmo enquadrado como Atentado Violento ao Pudor. O atentado violento ao pudor (AVP) era um crime sexual que foi revogado pela Lei 12.015/2009 e unificado com o estupro, antes da sua revogação, era um crime muito mais grave, pois envolvia atos libidinosos praticados contra alguém sem consentimento, mediante violência ou ameaça. Desde 2009, tais condutas passaram a ser classificadas como estupro.


Portanto saiba que fazer esse tipo de "brincadeira" em via pública, pode sim ser caracterizado como crime, já que crianças, adultos e idosos não são obrigados e nem consentiram com o seu kink. Não é para ser um estraga prazeres, mas podemos sim ter nossos prazeres sem violentar as outras pessoas da sociedade.




THERIANS



O que significa se identificar como humano? Ou não? Não é uma pergunta muito feita pela pessoa comum. Mas, pelo menos desde a década de 1960, diversas comunidades se uniram em torno do conceito de ser diferente da humanidade. Embora a terminologia tenha variado ao longo do tempo – therians, otherkin, alter-humanos – o princípio geral é o mesmo: ter alguma relação atípica com a humanidade. O que isso significa? Como isso se relaciona com outras identidades? E o que isso implica para a saúde mental de uma pessoa?


"Therian" é uma abreviação de "therianthrope". Significa uma pessoa que se identifica integralmente como um ser não humano, como um lobo, um urso polar ou até mesmo uma minhoca. Embora as duas comunidades tenham surgido historicamente separadamente, há muitas semelhanças com a comunidade "otherkin", que inclui qualquer indivíduo que se identifique como não humano (por exemplo, um elfo, um dragão ou até mesmo um personagem fictício).


À medida que crescem, os therians deixam de ter uma sensação geral de não se sentirem exatamente humanos para uma consciência mais concreta do tipo de animal que são: seu “theriótipo”. Os theriótipos mais comuns são espécies predadoras, como lobos e grandes felinos. Assim como com os furries, a cultura desempenha um papel aqui: onças são mais comuns na América do Sul, e raposas no Japão, cujo folclore contém muitas histórias de pessoas possuídas por uma raposa. Criaturas míticas ou de fantasia não são menos válidas, embora seus donos sejam diferenciados na comunidade como “otherkin”.


Ser um therian não significa apenas admirar ou se identificar com animais, mas sim vivenciar uma conexão profunda com um ou mais arquétipos animais. Essas conexões podem ser espirituais, psicológicas ou metafóricas, dependendo da experiência subjetiva de cada indivíduo. Relatos comuns incluem sonhos, visões, comportamentos instintivos ou sentimentos de que “não se pertence” completamente ao gênero humano.


Therians frequentemente descrevem sua experiência como intrínseca, algo que faz parte de sua essência. Muitos relatam que essa percepção surge na infância ou adolescência, mas nem sempre é reconhecida até mais tarde na vida, quando encontram comunidades que validam sua vivência.


A única coisa que pode ser dita sobre quase todos os therians é que eles percebem em tenra idade que são diferentes em corpo e espírito daqueles ao seu redor. Eles se sentem "desligados", separados da humanidade, e esse afastamento define o resto de suas vidas.


Às vezes, há um despertar ao perceber e aceitar que você é um therian e alguns therians se identificam como trans-espécies e traçam paralelos com narrativas transgênero. Também pode haver mudança mental e/ou físicas, como mudanças percebidas no estado mental de humano para animal.




PONTO POSITIVO


Isso é saudável?


De modo geral, sim! A identidade não humana, assim como outras facetas da identidade, tende a passar por um período de desenvolvimento (geralmente na adolescência) e permanecer estável ao longo da vida. Algumas pesquisas sugerem uma possível sobreposição com outras formas de neurodiversidade, mas a identidade em si não é inerentemente patológica. A maioria das pesquisas clínicas e sociológicas sobre comunidades therian e otherkin concorda: isso é melhor abordado como diversidade, não como déficit. Alguém pode ter uma vida rica e bem ajustada e ainda se identificar como um urso.


A identidade therian pode ser entendida como uma forma de autorrepresentação que transcende os limites da identidade humana. Em muitos casos, pode ser uma tentativa de lidar com sentimentos de alienação social ou de encontrar uma “tribo” com valores e características compartilhados.


Estudos mostram que a busca por pertencimento é uma necessidade humana fundamental. Nesse contexto, a identificação com animais pode funcionar como um mecanismo simbólico de conexão com algo maior, seja a natureza, um grupo ou a própria essência interior.


Na Terapia do Esquema, um dos enfoques é compreender como experiências precoces moldam nossa visão de nós mesmos e do mundo. A identidade therian pode estar relacionada a esquemas de desconexão e rejeição, onde o indivíduo busca segurança em um universo simbólico alternativo. O animal escolhido pode representar características ideais, como força, liberdade ou intuição, compensando déficits emocionais vividos no passado.


Do ponto de vista da Psicologia Positiva, a identidade therian pode ser vista como uma forma de autoaceitação. Para muitas pessoas, explorar essa faceta de sua identidade é um caminho de autodescoberta e bem-estar, ajudando-as a compreender melhor suas emoções, instintos e reações.



Encontrar seu teriótipo pode ser uma luta. A maioria dos therians toma sua decisão somente após muita pesquisa e reflexão. A comunidade encoraja seus membros a serem cientificamente rigorosos: alegações absurdas que dariam munição aos céticos, como a ideia de que é possível se transformar fisicamente em um animal, são descartadas como "fofo". Nos fóruns therians, os moderadores frequentemente repreendem os contribuidores por promoverem teorias que quebrariam as leis da física, e eles são rápidos em corrigir erros em descrições morfológicas ou comportamentais de espécies, como a sugestão de que os lobos têm olhos vermelhos, ou que todos os caninos caçam em matilhas.



PONTO NEGATIVO


A sociedade moderna, com seu foco no racional e no material, muitas vezes estigmatiza ou deslegitima identidades que desafiam normas culturais. Therians podem enfrentar preconceitos, sendo vistos como excêntricos ou desconectados da realidade.


No entanto, comunidades on-line têm desempenhado um papel crucial na validação dessa experiência. Fóruns, grupos de apoio e redes sociais permitem que therians compartilhem suas histórias, promovendo um espaço de aceitação e crescimento.


A cultura popular, com sua abundância de personagens híbridos ou que personificam animais, pode ter reforçado o conceito de therian. Filmes, jogos e mitologias oferecem metáforas poderosas que facilitam a identificação com arquétipos animais, fortalecendo a identidade therian como um fenômeno psicológico e cultural.


O acompanhamento psicológico pode ser essencial para ajudar indivíduos que se identificam como therians a compreender e integrar essa faceta de sua identidade. Terapias como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) ou Terapia do Esquema podem auxiliar a diferenciar vivências simbólicas e reais, promover o autoconhecimento e lidar com possíveis conflitos internos ou externos.


A identidade therian é um fenômeno multifacetado que desafia as noções tradicionais de ser e pertencimento. Embora ainda haja muito a explorar sobre suas raízes psicológicas e sociais, é essencial abordar essa experiência com empatia e abertura. A psicologia, enquanto ciência e prática, pode oferecer ferramentas valiosas para entender e apoiar aqueles que vivenciam essa singular conexão com o reino animal.


Argumentos transfóbicos sobre se identificar como helicóptero de ataque ou areia para gatos nas escolas são argumentos de má fama (ou mitos generalizados) destinados a alarmar e distrair. Therians e otherkin não são uma ameaça à comunidade trans — muitos são trans, e ambas as comunidades poderiam ser enriquecidas pela solidariedade.


Uma característica peculiar e muitas vezes alarmante de ser um therian é a sensação de que você tem partes fantasmas do corpo. Sentir partes do corpo onde não existem não é tão biologicamente improvável quanto parece. Estudos de pessoas nascidas sem braços e pernas mostraram que membros que sempre estiveram ausentes ainda podem ser representados nas regiões sensoriais e motoras do cérebro. O psicólogo Ronald Melzack, especialista em dor fantasma, propôs que o cérebro gera continuamente um padrão de impulsos que indicam que o corpo está intacto e "inequivocamente próprio", mesmo que não seja. Esse padrão, que Melzack chamou de "neuroassinatura", é geneticamente determinado e característico de cada indivíduo. Não é inconcebível que alguém nascido com uma neuroassinatura atípica possa experimentar um corpo que esteja fora de sintonia com o que possui. Até agora, ninguém examinou sistematicamente os cérebros dos therians para ver se seus padrões neurais refletem o que sentem.


Therians que estão aclimatados ao seu lado animal frequentemente acham suas experiências fantasmagóricas reconfortantes, já que elas confirmam uma identidade que eles têm se esforçado muito para aceitar. Mas pode ser uma decepção quando eles reconhecem que não têm os superpoderes que pensavam ter. Muitos therians evitam olhar em espelhos porque isso os lembra de que eles não são o que pensam que são, uma espécie de disforia.


Alguns psicólogos acreditam que a angústia sofrida pelos therians é semelhante à angústia sofrida por pessoas cujo sexo ao nascer não corresponde à maneira como se sentem. A comparação é frequentemente feita pelos próprios therians, uma minoria dos quais são transgêneros, bem como "trans-espécies", como eles às vezes dizem. (Nem todas as pessoas transgênero se sentem confortáveis ​​com essa analogia, temendo que ela complique o discurso público e prejudique o impulso de reconhecimento de seu movimento.) A diferença óbvia é que, embora você possa mudar seu gênero, não pode fazer nada sobre sua espécie.


Para os therians, “encontrar a si mesmo” — aquele ideal nebuloso promovido pela indústria de autoajuda — é obrigatório. Embora a descoberta possa trazer alívio, ela não ajuda com a questão maior: por que sou assim? A ciência não fornece muitas respostas, então eles só podem especular. A teriantropia pode ser uma resposta de desenvolvimento a um trauma precoce ou uma fixação infantil por animais, ou pode ser um resultado de um desvio anormal das vias sinápticas do cérebro. Pessoas com inclinação espiritual podem pensar nisso em termos de reencarnação ou uma “alma deslocada”.


Em psiquiatria, teriantropia é frequentemente considerada erroneamente como sinônimo de licantropia clínica — uma condição relacionada à esquizofrenia, onde delírios e alucinações convencem um paciente de que ele se transformou em um animal. Em seu livro Unthinkable , Helen Thomson descreve o encontro com um licantropo que periodicamente acredita ter se transformado em um tigre; sua entrevista com ele foi interrompida quando ele de repente começou a rosnar e ameaçar atacá-la, uma recaída que seus médicos atribuíram à sua falha em tomar sua medicação antipsicótica.


Mas os therians não são delirantes ou psicóticos. Seus sentimentos animalescos são uma característica perpétua de suas vidas e não são aliviados por medicamentos. Eles estão cientes, muitas vezes para sua profunda decepção, de que nunca poderão se transformar em animais. O impulso da profissão médica de diagnosticá-los como licantropos tem menos a ver com evidências clínicas do que com a antiga tendência de patologizar comportamentos e condições que desafiam as normas sociais. O máximo que podemos dizer sobre o estado médico dos therians é que eles são aberrações neurológicas — dificilmente um sinal de doença.


Em 2019, Helen Clegg, psicóloga da Universidade de Buckingham, liderou a primeira investigação abrangente sobre o bem-estar e a saúde mental dos therians. Ela recrutou 112 pessoas de uma ampla gama de idades, gêneros, etnias e espécies. Entre eles estavam lobos, raposas, dragões, pássaros, uma cobra, um tubarão e alguns dinossauros. A equipe de Clegg descobriu que um número desproporcional deles havia sido diagnosticado com autismo (7,69%, em comparação com 1,5% na população geral dos EUA), embora não esteja claro como as duas condições poderiam estar relacionadas. Eles também descobriram que, em comparação com um grupo de controle, muitos therians lutam com relacionamentos e habilidades sociais. Isso pode ser devido a fatores cognitivos ou pode ser porque os tabus sociais em torno da teriantropia dificultam falar sobre isso. Quando você é forçado a esconder sua verdadeira natureza, a comunicação com os outros pode ser um desafio.


O estudo deles também observou que muitos dos therians exibiam traços de personalidade “esquizotípicos”, como uma tendência a ter experiências perceptivas incomuns. Mas esses therians acharam suas experiências mais enriquecedoras do que angustiantes. Clegg sugere que isso ocorre porque eles encontraram uma maneira de integrar seus pensamentos fantásticos em uma narrativa coerente que lhes permite dar sentido à maneira como se sentem. Os therians no estudo de Clegg pontuaram tão alto quanto os não therians em várias medidas padrão de bem-estar psicológico, incluindo crescimento pessoal, propósito na vida e autoaceitação. Os pesquisadores concluíram: “As descobertas sugerem que os therians estão funcionando bem.”


A realidade da teriantropia pode ser difícil de conviver, a aceitação da teriantropia frequentemente traz tristeza ou uma sensação de estranhamento. Um mundo em que os animais fossem tratados como humanos e os humanos fossem tratados como animais seria muito mais fácil para os therians viverem. A experiência e a psicologia deles são tão diferentes da maioria das pessoas que eles frequentemente se sentem profundamente isolados.


Therians discordam — sobre as causas da teriantropia, a distinção entre therians e otherkin, e se é apropriado discutir os sentimentos sexuais que alguns therians têm em relação aos animais.


Fonte: https://unherd.com/2023/05/the-animals-trapped-in-human-bodies/


Para finalizar, alguns Therians no Brasil tentam ser atendidos em Pet Shops, influenciam pessoas por redes sociais, causam desconforto na sociedade exigindo serem aceitos e infelizmente caimos novamente na pedofilia. No entanto por se tratar de uma condição com muito pouco estudo e que ainda está na midia, não se pode ter 100% de certeza sobre nada sobre o que é ser Therian. Mas espero que todas essas linhas tenham lhe ajudado a entender (nem que seja parcialmente) o que é um Therian.





ZOOFILIA / BESTIALIDADE


(Não tem lado positivo)




A zoofilia é um termo que se refere à atração sexual entre seres humanos e animais. Este comportamento é considerado uma forma de parafilia patológica, que é uma categoria de distúrbios sexuais onde a satisfação sexual é obtida através de objetos, situações ou indivíduos que não são normalmente considerados como parceiros sexuais. A zoofilia é um tema controverso e suscita debates éticos, legais e psicológicos em diversas sociedades ao redor do mundo.


Em muitos países, a zoofilia é considerada ilegal e é punida por leis que protegem os direitos dos animais. As legislações variam de acordo com a região, mas, em geral, a prática é condenada devido ao fato de que os animais não podem consentir com relações sexuais. Isso levanta questões sobre o bem-estar animal e a necessidade de proteger essas criaturas vulneráveis de abusos.


Os indivíduos que se envolvem em comportamentos zoofílicos podem apresentar uma série de questões psicológicas. Estudos indicam que a zoofilia pode estar associada a traumas de infância, dificuldades de socialização e outros distúrbios mentais. É importante que esses indivíduos busquem ajuda profissional para entender e tratar suas compulsões de maneira adequada e saudável.


A percepção da zoofilia na sociedade é predominantemente negativa. A maioria das culturas considera a prática como uma violação dos direitos dos animais e um desvio moral. Essa visão crítica é reforçada por campanhas de conscientização que promovem o respeito e a proteção dos animais, destacando a importância de tratá-los com dignidade e compaixão.


Embora os termos zoofilia e bestialidade sejam frequentemente usados de forma intercambiável, há uma diferença sutil entre eles. A zoofilia refere-se à atração sexual por animais, enquanto a bestialidade é o ato de ter relações sexuais com um animal. Assim, a zoofilia pode ser vista como uma condição ou preferência, enquanto a bestialidade é uma ação que é condenada legal e moralmente.



Para aqueles que se identificam com a zoofilia e desejam mudar seu comportamento, existem opções de tratamento disponíveis. A terapia cognitivo-comportamental e outras abordagens psicológicas podem ajudar os indivíduos a entender suas emoções e a desenvolver relacionamentos saudáveis e consensuais com outros seres humanos. O apoio de grupos de terapia também pode ser benéfico.


A educação desempenha um papel crucial na prevenção da zoofilia. Programas educacionais que abordam a sexualidade, o consentimento e o respeito pelos animais podem ajudar a criar uma compreensão mais profunda sobre os direitos dos animais e a importância de interações saudáveis. A conscientização desde a infância pode contribuir para a formação de adultos mais empáticos e responsáveis.


A zoofilia, embora um tema tabu, aparece ocasionalmente na cultura popular, incluindo filmes, livros e músicas. Essas representações podem influenciar a percepção pública sobre o assunto, mas muitas vezes são tratadas de forma sensacionalista. É fundamental que o público consuma essas obras com uma visão crítica e consciente das implicações éticas e morais envolvidas.


As considerações éticas em torno da zoofilia são complexas e multifacetadas. A principal preocupação gira em torno do consentimento e do bem-estar dos animais. A ética animal defende que os animais têm direitos e merecem proteção contra abusos. Portanto, qualquer discussão sobre a zoofilia deve levar em conta a necessidade de respeitar e proteger os seres que não podem se defender.






Sei que os temas aqui contidos são em sua maioria sensíveis e para algumas pessoas impensáveis, mas como disse no inicio do artigo, o intuito do mesmo era trazer uma visão o mais abrangente possível sobre temas que são pouco ou nada discutidos. Na maioria das vezes as pessoas supõe e não estudam realmente os assuntos de seus limites ou gostos, não ponderam o que existe de positivo (se é que existe) e negativo.


Agradeço quem tenha lido até o final e espero que as informações aqui contidas possam de alguma forma ajudar a aumentar seu conhecimento.








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