Anti-Black Friday: Desejo Não Entra em Liquidação.
- Mestre LenHard

- 14 de nov.
- 5 min de leitura

CONCEITO
Preço é o número na etiqueta.
Valor é o impacto real daquilo na sua vida.
A Black Friday ou melhor, a Black Fraude; mexe com esse limite invisível e faz muita gente confundir os dois. A Black Fraud faz você se confundir , e pior: usa isso para manipular seu desejo.
O problema nunca foi o desconto.
O problema é achar que barato significa vantagem.
No BDSM, assim como na vida baunilha, existe uma regra simples e inegociável:
a palavra tem mais valor do que qualquer preço em uma etiqueta.
ORIGEM
A Black Friday surgiu nos EUA, mas não nasceu como um “dia das promoções”.
Na verdade, sua origem é bem mais caótica e humana, quase um reflexo da psicologia das massas.
• Anos 1950–1960 — O Termo “Black Friday”
A expressão foi usada pela polícia da Filadélfia para descrever o trânsito caótico e o caos urbano que acontecia na sexta-feira após o Dia de Ação de Graças. Era o início da temporada de compras de final de ano, e as ruas ficavam intransitáveis.
Não era glamour. Era confusão, correria e gente disputando mercadorias como se fossem ouro.
• O contexto econômico
No pós-guerra, o consumo cresceu rápido nos EUA. As lojas perceberam que, depois do feriado, as pessoas estavam mais dispostas a gastar — e começaram a baixar preços para limpar estoques antigos antes do Natal.
Era uma estratégia real:
menos estoque parado = mais espaço para os produtos novos da temporada.
• Anos 1980 — A narrativa “positiva”
Para se afastar da associação negativa com “caos”, o varejo americano criou outra explicação:
a ideia de que as lojas saíam do vermelho (prejuízo) e iam para o preto (lucro) nos registros contábeis. Não é historicamente precisa…mas caiu bem no marketing, e pegou.
• A lógica original
Nos EUA, até hoje, a Black Friday faz sentido porque:
é o dia que inicia oficialmente a temporada de compras natalinas;
existe estoque real sendo queimado;
os descontos acontecem para virar inventário rápido;
o consumidor está acostumado a acompanhar preços ao longo do ano.
Ou seja:
há lógica,
cultura e
intenção — não é um truque barato.
• O problema começa quando o Brasil copia o nome… mas não o contexto.
Aqui, não havia tradição de estoque, nem controle de variação de preços, nem cultura de consumo pós-feriado.
O que ficou?
Somente a etiqueta “Black Friday” — mas sem estrutura real. Vazia como todas as cópias, sem sentido e sem alma
E assim nasceu a famosa Black Fraude Brasileira.
Quando o Brasil importou a “Black Friday”, importou apenas o nome, não o contexto, nem a cultura, nem o propósito original. O resultado foi uma cópia sem alma — e cheia das velhas manobras nacionais que todo brasileiro já conhece.
Aqui funciona assim:
• Sobe o preço semanas antes.
• “Derruba” no dia e anuncia como grande oferta.
• Muda embalagem para parecer novidade.
• Vende estoque parado como se fosse relançamento.
• Chama de promoção algo que sempre teve o mesmo preço.
É o mesmo roteiro que atormenta várias áreas do país:a tradição de “fazer vantagem”, mesmo que isso custe transparência, respeito e verdade.
O brasileiro cresceu ouvindo frases como:“O importante é levar vantagem, certo?”“Todo mundo faz.”“Jeitinho não é crime.”
E assim nasceu uma cultura onde a esperteza se confunde com inteligência,e onde enganar virou parte do folclore — do “Gersonismo” ao “jeitinho”, da “malandragem criativa” à eterna figura do “espertão”.
Na Black Friday brasileira, essa mentalidade só ganhou um palco maior.
O pior?Tornou-se tão comum que as pessoas passaram a achar normal.
Virou tradição: a data oficial da mentira permitida.
A “Lei de Gérson” —
e por que isso virou parte da cultura brasileira
Gérson foi um dos maiores jogadores de futebol da história do Brasil.
Craque, cerebral, campeão mundial em 1970.
Mas sua imagem pública ganhou um contorno inesperado nos anos 1970
por causa de um comercial de cigarros.
No anúncio, Gérson dizia a frase que marcou uma geração:
“Gosto de levar vantagem em tudo. Certo?”
A propaganda não falava sobre golpes, claro, mas a frase acabou virando símbolo de um traço cultural brasileira: a ideia de que, se você puder tirar vantagem, mesmo que isso prejudique alguém, tudo bem.
É “esperteza”,
é “malandragem”,
é “sair por cima”.
E, para piorar, isso se somou à sua fama no futebol de cavar faltas, exagerar quedas, empurrar o árbitro a marcar o que não aconteceu. Não porque fosse desonesto — mas porque sabia se beneficiar das regras como ninguém.
O problema é que o Brasil transformou isso numa moral paralela:
a de que o “esperto” é o herói,
o “bobo” é quem age com ética,
e quem questiona é que “não entende como o jogo funciona”.
Por isso o termo “Lei de Gérson” ficou tão forte: ele não criou a malandragem, mas virou o símbolo perfeito dela.
E é essa lógica — ganhar vantagem a qualquer custo — que domina a Black Friday brasileira:
preços inflados antes,
descontos ilusórios,
produtos maquiados,
e uma cultura que normaliza a mentira como parte do jogo.
Por isso chamamos de Black Fraude.
E é por isso que a ToyMaker escolhe um caminho completamente diferente.
COMO APLICAR — Para não cair no truque
Desejo x Impulso: você quer o produto ou quer a sensação de vantagem?
Histórico: o valor atual faz sentido com o mercado?
Durabilidade: isso dura anos ou só até o próximo desconto?
Ética: marcas sérias explicam, não pressionam.
Compromisso: quem produz honra o que promete?
A regra é simples:
Quando há clareza, há tranquilidade.
Quando há manipulação, há pressa.
A Manipulação da Culpa e da Gratidão
A Black Fraud opera como uma dinâmica de poder tóxica:
Fornece um “desconto” irreal.
Entrega um produto medíocre.
Faz você sentir culpa por reclamar — afinal, “pagou barato”.
E no fim, eles não se comprometem com nada.
É uma relação onde um lado não cumpre, e o outro aceita por achar que está recebendo um privilégio.
O ponto é simples:
quando derrubam o preço, derrubam o compromisso.
E sem compromisso, não existe valor.
Onde a Studio ToyMaker se Diferencia
Compromisso é a base.
Palavra dada é contrato.
Desejo é assunto sério.
No Studio ToyMaker:
Os acordos são claros.
A atenção aos detalhes cria real cumplicidade entre cliente e artesão.
Cada peça nasce como uma criação conjunta, com intenção, precisão e diálogo.
A personalização é real — não um “extra”.
Cada artigo carrega longevidade, identidade e intenção.
Aqui está o centro de tudo:
Não vendemos meros acessórios, mas sim materializamos sonhos.
ENCERRAMENTO
Dica do Mestre: “Preço compra objetos. Compromisso cria significado.”
A ToyMaker não joga com suas emoções, não te pressiona com urgência artificial e nunca promete o que não pode cumprir. Se quiser conhecer nossa loja, explorar produtos com preços honestos, valores reais e artesanato autêntico, siga o link e descubra o que criamos para você.
O valor está na obra.
O acordo está na palavra.
O desejo está no centro.




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